A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com o apoio do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), realizou um estudo sobre a distribuição espacial, inserção nas economias locais e estratégias de desenvolvimento dos Assentamentos de Reforma Agrária no Maranhão.
O resultado desse estudo está disponível no material “Assentamentos de Reforma Agrária no Maranhão: distribuição espacial, inserção nas economias locais/regionais e estratégias de desenvolvimento”, lançado na última sexta-feira (20).O objetivo é avaliar o potencial de integração dos assentamentos em cadeias produtivas e sua conexão com políticas federais, especialmente as voltadas para a agricultura familiar, visando fortalecer o INCRA, promover atividades produtivas, garantir autoabastecimento alimentar e facilitar o acesso a políticas de apoio governamentais. O estudo também analisa diversas modalidades de projetos de assentamento, incluindo Projetos de Assentamento Federal, Agroextrativistas e de Desenvolvimento Sustentável.
Considerando o assentamento como território multifuncional, o estudo analisa sua distribuição espacial segundo a Nova Divisão Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); realiza uma análise socioeconômica das regiões maranhenses para traçar estratégias de desenvolvimento; examina a estrutura agropecuária essencial para a integração com cadeias produtivas regionais e; sugere estratégias para uma política agroindustrial sustentável nos assentamentos, incluindo estudos de caso como o Projeto Terra Sol do INCRA.
O material destaca a necessidade de implementar práticas agropecuárias sustentáveis, como a agroecologia, para mitigar os efeitos da agricultura convencional e enfrentar a crise climática. Além de explorar como os assentamentos podem contribuir para o desenvolvimento regional por meio de agroindústrias sustentáveis, a análise ressalta a baixa produtividade do setor agropecuário no Maranhão, dominado pela pecuária extensiva e pela produção de soja e milho.
A pesquisa conclui que os assentamentos devem ser
fortalecidos como territórios produtivos por meio de políticas públicas,
integração de redes institucionais e adoção de práticas sustentáveis. É
fundamental que o INCRA e outras instituições promovam a articulação entre os
assentamentos e os órgãos envolvidos, visando transformar essas áreas em polos
de desenvolvimento rural sustentável.
Sobre
os autores
O estudo foi elaborado pelos professores do Departamento de Economia da UFMA, César Labre, Ricardo Zimbrão, Talita Nascimento; pelo engenheiro agrônomo e bolsista TED INCRA-UFMA, Leonardo Melgarejo; pelo professor da Universidade Federal de Pelotas (UPEL), Lucio Oliveira Fernandes; e pelo presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), Dionatan Carvalho.
O material completo está disponível para download no
site do Imesc (www.imesc.ma.gov.br).