Analisar a dinâmica da conjuntura econômica maranhense e as perspectivas de curto e médio prazos é a proposta do Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense, referente ao terceiro trimestre de 2022. A publicação foi lançada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (SEPLAN).
Para o Maranhão, o IMESC estima crescimento de 2,6% em 2022. A agropecuária deverá crescer 3,7% no ano, em decorrência de mais um recorde na produção de grãos e a alta no quantitativo de abate de bovinos. No que se refere ao setor de Serviços, a estimativa é de alta de 3% em 2022, devido ao crescimento no volume de serviços prestados (6,0%) e do comércio varejista restrito (2,1%), no acumulado do ano, segundo o IBGE.
O mercado de trabalho maranhense registrou a menor taxa de desocupação desde 2015, ao alcançar 9,7%, conforme o PNADc. Em relação ao trabalho formal, no período de janeiro a novembro de 2022, foram geradas 45.843 vagas adicionais de emprego com carteira, sendo a maior alta proporcional da região Nordeste (8,73%), segundo informações do Novo CAGED.
Além disso, o Maranhão é o segundo estado do Nordeste com maior volume e valor exportado em 2022. As exportações maranhenses totalizaram US$5,4 bilhões, no acumulado do ano até novembro, exibindo crescimento de US$ 1,3 bilhão, quando comparado com o mesmo período de 2021.
“Em linhas gerais, o cenário econômico se apresenta promissor para o estado, com criação de postos de trabalho, ampliação de investimentos públicos e privados e bom desempenho dos indicadores de nível de atividade. Todavia, fatores como a alta da taxa de juros e o endividamento são entraves relevantes ao consumo das famílias por restringir o seu orçamento e diminuir a parcela da renda destinada ao consumo, devendo este fator ainda ser um desafio para o próximo ano. Ademais, as incertezas de natureza interna e externa impactam na confiança do empresariado e, consequentemente, na decisão de investimentos a curto prazo”, destaca a presidenta do IMESC, Talita Nascimento.
Para o Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou crescimento do PIB em 0,4% no terceiro trimestre de 2022. Em relação ao crescimento da economia mundial, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima um crescimento do PIB global em 3,1% em 2022, abaixo dos resultados esperados antes da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. No final do ano passado, as estimativas da organização eram de um crescimento de 4,5% no ano.
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