A pesca do camarão tem uma importância econômica, histórica, social e cultural no Brasil e é realizada, em grande escala, no litoral. Por isso, é necessário o período de defeso, que iniciou em janeiro e tem a finalidade de proteger os indivíduos jovens para a obtenção de uma maior produção futura. Nesse contexto, o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE), lançou nesta terça-feira (11) a nota técnica Período de Defeso do Camarão 2022.
O período de defeso permite também que se mantenha a capacidade de autorrenovação do estoque como um todo. “É essencial a exploração sustentável dos recursos naturais e isso inclui a nossa fauna marinha. A nota técnica vem reforçar o período de defeso do camarão de uma forma objetiva e didática, para que a população e os pescadores estejam cientes e respeitem essa importante medida”, explica o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho.
A pesca de camarão está proibida de 1 de janeiro a 31 de maio. Além disso, a nota técnica apresenta o nome popular, distribuição, países onde ocorrem, tamanho máximo, diferenças entre machos e fêmeas, e a importância econômica dos camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete barbas (Xiphopenaeus kroyeri) no Maranhão. A publicação também aborda as leis propostas para esse período.
Conforme portaria dos ministérios do Meio Ambiente e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, durante o período, não são permitidos o transporte, a estocagem, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização de qualquer volume de camarões das espécies proibidas, que não seja oriundo de estoque declarado. O período de defeso, no Maranhão, será mais longo, em relação a outras regiões do país, por concentrar estuários, reentrâncias e igarapés, que são áreas de criadouros naturais.
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