As atividades do Zoneamento Ecológico-Econômico dos biomas Cerrado e Costeiro estão a todo vapor. Pensando em parcerias, o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE), estabeleceu parcerias com a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (AGERP) e com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) para realizar um mapeamento dos solos e avaliação da macrofauna nessa região.
O presidente do IMESC, Dionatan Carvalho e o pesquisador sênior Luiz Jorge Dias se reuniram por meio de videoconferência esta semana com representantes da AGERP, a presidente Loroana Santana, a diretora de ATER, Alessandra Araújo e a coordenadora de Gestão da Informação Rural, Flávia Núbia. Também estava presente o professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Glecio Machado Siqueira.
“Gostaria de parabenizar o apoio dessas duas instituições, pela capilaridade que apresentam, com técnicos distribuídos em todo o território. A parceria também se justifica com a otimização dos recursos e a necessidade de avançarmos no trabalho e recuperarmos o tempo perdido decorrente da pandemia”, afirma o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho.
As parcerias com a AGERP e a AGED vão permitir a criação de uma base de dados tanto do ponto de vista físico quanto químico e biológico dos solos de todo o cerrado do Maranhão e, com isso, fazer o monitoramento, avaliação e controle ambiental das diversas tipologias de solos num contexto territorial que envolve aproximadamente 60% do estado.
Isso será possível por meio da ação conjunta dos técnicos desses órgãos, que vão auxiliar na coleta de solo no estado, para que seja construído um mapeamento dos solos e avaliação da macrofauna, por meio do levantamento da biodiversidade dos solos.
“É uma inovação do ponto de vista da gestão ambiental, já que poucos estados brasileiros têm esse tipo de trabalho que vá subsidiar de fato políticas públicas para a conservação desse recurso tão importante e estratégico”, explica o pesquisador sênior do IMESC, Luiz Jorge Dias.
Já a presidente da AGERP, Loroana Santana pontua que a ação conjunta “reforça o trabalho do Governo do Maranhão em garantir desenvolvimento e ações que possam transformar a realidade da população maranhense, a mulher e o homem do campo”.
A parceria é relevante porque vai contribuir para que a AGED atue mais efetivamente na defesa agropecuária, destaca a diretora de Defesa e Inspeção Vegetal do órgão, Antonia Lúcia Malheiros dos Santos. “Será possível entendermos o funcionamento da agricultura com mais propriedade, uma vez que nós vamos ter um conhecimento mais profundo daqueles solos”, conclui.
A ação conjunta vai ajudar o estado a desenvolver várias políticas como, por exemplo, o identificar os tipos de minérios presentes no solo para avaliar se há contaminantes de atividade empresarial. Outros pré-requisitos para a qualidade dos solos são a biodiversidade e as alterações decorrentes a partir dos usos presentes no território, que são importantes para o monitoramento do ZEE.