A Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico Econômico do Maranhão se reuniu, na manhã desta segunda-feira (27), por videoconferência, para discutir a efetivação de convênios de apoio institucional para a realização das etapas de pesquisa dos Biomas Cerrado e Costeiro, a atualização do cronograma de trabalho e a realização de cursos de capacitação oferecidos pelo ZEE. A Comissão é formada por representantes de onze órgãos e entidades.
O secretário de Estado de Programas Estratégicos, Luis Fernando Silva, ressaltou que as pesquisas nos Biomas Cerrado e Costeiro já foram iniciadas, mas, em virtude da paralisação dos trabalhos em campo, por conta da pandemia do novo coronavírus, o cronograma de trabalho foi reajustado.
“A conclusão do ZEE é uma prioridade no governo Flávio Dino, pois o zoneamento contribui para acelerar o desenvolvimento do Maranhão, tem o poder de harmonizar os interesses do poder público, inciativa privada e sociedade civil como um todo, fazendo o Estado mais produtivo, eficiente, competitivo, com oportunidades para geração de emprego e renda para a população. E, assim como na etapa do Bioma Amazônico, que originou a lei Nº 11.269, os Biomas Cerrado e Costeiro são importantes para subsidiar o planejamento estratégico visando o desenvolvimento sustentável e sustentado”, ressaltou o secretário.
O presidente do Imesc e coordenador do ZEE, Dionatan Carvalho, destacou as contribuições dos parceiros institucionais, como a UEMA, SEMA, SAGRIMA e UFMA. “A expectativa é que no segundo semestre de 2021 as atividades do ZEE dos Biomas Cerrado e Costeiro sejam concluídas. Temos convênios em parceria com órgãos e entidades fundamentais, a exemplo das Secretarias de Estado de Meio Ambiente e de Agricultura, Pecuária e Pesca, que possuem dados importantes sobre cadeias produtivas, áreas de preservação, arranjos produtivos e muito mais”.
Cursos
O professor e pesquisador sênior Luiz Jorge Dias, informou que o Programa do ZEE vai ofertar 11 cursos de capacitação on-line. Quatro dos cursos serão na área de geotecnologias, quatro no segmento de cenários e três em biodiversidade. As capacitações acontecerão entre os dias 15 de agosto e 30 de setembro de 2020.
“É importante destacar que esta é a primeira vez que esse tipo de capacitação é disponibilizada, tanto aos profissionais que atuam no ZEE como para a sociedade, em especial nesse contexto, que é de um planejamento estratégico do Governo. É um legado para o território maranhense e um aprimoramento da capacidade técnica envolvida”, avaliou o pesquisador Luiz Jorge Dias.
O ZEE
O ZEE é uma importante ferramenta de planejamento a ser utilizada tanto pelo Governo do Estado, quanto por agricultores, pecuaristas, empresários, pesquisadores e qualquer pessoa que queira saber mais sobre o território maranhense. Ele é composto de uma série de pesquisas e estudos sobre solos, relevos, vegetação, fauna e componentes humanos de uma determinada região.
De posse dessas informações, tanto agentes públicos quanto privados podem tomar as melhores decisões com relação a planos, programas e projetos, que utilizem recursos naturais, sem prejuízo da manutenção do capital ecológico e econômico. Ademais, o ZEE promoverá a democratização do conhecimento geoeconômico maranhense.
Toda a pesquisa é coordenada pelo IMESC, autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE), em parceria com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Comissão
A Comissão Estadual do ZEE é composta por representantes das Secretarias de Estado de Programas Estratégicos (SEPE), de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAGRIMA), de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), de Indústria e Comércio (SEINC), de Infraestrutura (SINFRA), Agricultura Familiar (SAF), do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) e pelas Federações das Indústrias do Estado de Maranhão (FIEMA), dos Trabalhadores da Indústria do Estado do Maranhão (FETIEMA), da Agricultura e Pecuária do Maranhão (FAEMA) e dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (FETAEMA).