O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) realiza até a próxima sexta-feira (13) em parceria com a Escola de Governo do Maranhão (EGMA) o curso “Projeção populacional, tabela de sobrevivência e correção de sub-registro de mortalidade”, ministrado pelos professores doutores Flávio Freire e Marcos Gonzaga, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais e do Programa de Pós-graduação em Demografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A capacitação acontece das 9h às 12h e das 14h às 18h na sede da EGMA, na Av. Sen. Vitorino Freire, nº 1969, bairro Areinha.
“Desde o ano passado, estamos promovendo cursos de capacitação para os servidores a fim de melhorarmos nossos trabalhos e contribuirmos mais acertadamente para o planejamento e desenvolvimento do Estado”, afirma o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho.
O curso oferece um panorama geral dos métodos de projeção populacional de áreas grandes e pequenas, e ensina técnicas de avaliação da qualidade dos dados e de estimação das tabelas de sobrevivência. “Um exemplo seria analisar a cobertura dos óbitos e também alguns possíveis erros de declaração de idade que ocorrem nos registros de óbito e censos populacionais, para depois você construir uma tábua de sobrevivência mais próxima da realidade”, pontua o professor Marcos Gonzaga.
A capacitação é importante porque, como instituto de pesquisa, o IMESC trabalha com indicadores e precisa analisá-los com maior descentralização geográfica. O IBGE divulga revisões periódicas de projeções populacionais e também de tábuas de sobrevivência apenas para Brasil, grandes regiões e unidades da federação. O curso ensina a estimar isso em áreas interestaduais, como mesorregiões, microrregiões e até mesmo municípios.
O palestrante conta que teve contato com servidores do IMESC em dezembro de 2019, quando a UFRN sediou um workshop sobre metodologias da ONU para projeções populacionais, em Natal. “Conhecemos o presidente Dionatan Carvalho e, a partir desse primeiro contato, fomos convidados para ministrar esse curso em São Luís”, explica.
O economista e chefe de divisão do Departamento de Contas Regionais do IMESC, Rafael Silva, afirma que o curso dará embasamento teórico e prático necessário para construção da tábua de vida do Estado. A partir dela, ele declara, será possível estimar a expectativa de vida ao nascer, que é um indicador sintético de mortalidade e reflete as condições gerais de vida de uma população.
“Do ponto de vista institucional, a capacitação contribui também para produção de novas informações demográficas. Elas são necessárias para o entendimento da dinâmica populacional, nos ajudando a compreender processos e políticas que foram ou são tomados para lidar com novas situações. Ou seja, essas informações podem contribuir também para o planejamento público estadual”, frisa.