Zoneamento do Maranhão avança com fortalecimento de ações e participação da sociedade

Publicado em 28/05/2019
Com a proposta de ser um instrumento indispensável para atrair novos investimentos e aprimorar a construção de políticas públicas para o Estado, o Zoneamento Ecológico e Econômico do Maranhão (ZEE-MA) avança com realização de etapas importantes para a conclusão dos estudos sobre o Bioma Amazônico.

Além da apresentação dos resultados alcançados para a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) - parceira na construção do ZEE - técnicos do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) definiram os últimos ajustes para implantação da plataforma interativa, banco de informações que reúne todo o conteúdo de pesquisas formuladas por mais de 100 pesquisadores sobre o Bioma Amazônico. É importante destacar que esta é a maior rede de pesquisas sobre a Amazônia Maranhense atualmente em desenvolvimento.

Até a presente data, 70% do diagnóstico do Bioma Amazônia já foi concluído. O território é formado por cerca de 108 municípios e registra a maior atividade agropecuária do Estado, além de possuir as maiores reservas ambientais. 

“A promoção da política de ZEE no Maranhão trará diversos pontos favoráveis ao Estado. Um deles, por exemplo, é a possibilidade do aumento de investimentos no Estado”, pontua o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho.

Para o presidente, outros pontos importantes são o aumento da aplicação de políticas públicas relacionadas à sociodiversidade e à biodiversidade do Maranhão, além do reforço na proteção ambiental dos ecossistemas e na promoção de mecanismos de desenvolvimento sustentável.

Com boa parte do Diagnóstico já concluída, a equipe técnica do ZEE-MA já prepara as tratativas para a construção do ZEE referente aos territórios dos Biomas Cerrado e Caatinga, como explica o coordenador técnico do ZEE-MA, o professor da UEMA, Luiz Jorge Dias.

“Após a conclusão do Zoneamento do Bioma Amazônico, que deve ser entregue à sociedade até novembro deste ano, a segunda etapa do programa vai contemplar o zoneamento dos biomas Cerrado e Caatinga, correspondentes a 2/3 do território maranhense”, diz.

Plataforma Interativa

Representantes do IMESC e da UEMA se reuniram na sexta (24), para discutir, também, a plataforma de Dados do ZEE-MA, desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Computação e Sistemas (PECS) da Universidade.

Com proposta interativa, a plataforma objetiva apresentar dados socioeconômicos e base cartográfica produzida e disponibilizada pelo IMESC, todos no formato de mapas e planilhas, serão disponibilizados para download.

“De fácil usabilidade, a proposta é que o sistema possa ser consultado pelo público em geral”, disse Rogerio Moreira Lima, um dos coordenadores da plataforma. Além do docente, o Sistema foi desenvolvido por Henrique Mariano Costa, Luís Carlos Fonseca e David Silva e Silva, juntamente com a mestranda Ana Paula Ferreira Costa. A plataforma está prevista para ser lançada, oficialmente, no dia 5 de junho.

Para o reitor da UEMA, Gustavo Pereira, a plataforma atende uma necessidade importante de informação de planejamento municipal. “A maior carência é a carência de informações. Que tanto a parceria do IMESC com a UEMA quanto o ZEE-MA possam instrumentalizar gestores e beneficiar essas populações. Renovo o compromisso da UEMA em dar mais eficiência ao trabalho já desempenhado pelo Governo do Estado”, analisou o reitor.

Agenda e Diálogo com a Sociedade

Além do lançamento da plataforma interativa em junho, a agenda de atividades do ZEE contará com a apresentação do Sumário Executivo da fase de Diagnóstico, durante a realização da EXPOIMP, em Imperatriz, no dia 10 de julho.

O Governo do Maranhão também promoverá, a partir do segundo semestre, audiências públicas para apresentar os estudos do ZEE na etapa Bioma Amazônico e ouvir a população sobre as realidades locais.

Para o Secretário de Estado de Programas Estratégicos, Luis Fernando Silva, o ZEE-MA é indispensável para o crescimento do Estado. “Este programa irá promover o conhecimento sobre a realidade do Estado, zoneando o território segundo as potencialidades e as fragilidades naturais. A parceria do IMESC com a UEMA reforça o zelo do Governo do Estado com a população maranhense”, finalizou.