O ano de 2018 foi bastante positivo para os
produtores agrícolas maranhenses, principalmente para os grandes produtores de
grãos. É o que aponta a Nota de Agricultura Maranhense, publicada na
sexta-feira (15), pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e
Cartográficos (Imesc).
A nota trata da previsão e acompanhamento das safras
dos principais produtos agrícolas do Estado, referentes à estimativa de
novembro e dezembro de 2018. A análise completa encontra-se disponível no site
do Imesc. Acesse pelo link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/30/276.
Em 2016 o país sofreu significativamente com a seca,
fato que afetou a produção agrícola de maneira expressiva. Essa situação
impactou fortemente o Produto Interno Bruto maranhense em 2016, em que o Valor
Adicionado da agropecuária apresentou queda de 29,3% em comparação ao ano de
2015.
Já a partir de 2017, a produção graneleira
maranhense voltou ao patamar de normalidade, ou seja, acima dos 4 milhões de
toneladas, permanecendo basicamente constante também em 2018, já que a variação
entre 2017 e 2018 foi de apenas 0,1%.
A maioria dos produtos cultivados no Estado são
“sequeiros”, isto é, dependentes das chuvas. O presidente do Imesc, Felipe de
Holanda, explica a influência do índice pluviométrico para o cultivo de grãos.
“Quando os produtores acreditam que o índice pluviométrico será melhor que o
ocorrido durante a safra do ano anterior, há uma intensa mobilização no sentido
de aumentar a área plantada. Porém, quando o índice pluviométrico fica abaixo
do esperado, acaba gerando redução na intenção do plantio, o que é confirmado
mensalmente nas reavaliações feitas pelo GCEA/MA”.
Produção
A cultura da soja não apresentou reavaliações para
baixo. A estimativa é de colheita equivalente a 2,751 milhões de toneladas, ou
seja, 17,9% a mais em comparação à safra de 2017.
Já a produção de cana-de-açúcar no Maranhão segue
positiva em 2018, com crescimento de 2,0% em comparação ao ano passado, com
incremento de 49 toneladas. Em Buriti Bravo, por exemplo, houve o surgimento de
novas áreas de plantio de cana-de-açúcar devido a instalação de um engenho no
município.
No município de Campestre do Maranhão, a empresa
Maity aumentou a área de plantio de cana para atender a sua própria capacidade
de industrialização.
Perspectivas
para 2019
Para 2019, estima-se colher cerca de 5 milhões de
toneladas, mesmo patamar que era projetado nos primeiros levantamentos realizados
em 2018, mas que foram frustrados pela ocorrência de micro estiagens na fase de
enchimento dos grãos, principalmente na porção meridional do Estado do Maranhão.
O maior destaque vai para a soja, cujo crescimento
entre 2018 e 2019 deverá ser de mais de 10,0%, um incremento de 288 mil
toneladas. Já no caso do milho, sua produção deverá voltar à normalidade, tendo
em vista que essa cultura sofreu perdas, principalmente no milho safrinha.
Em 2019, o prognóstico de safra aponta uma produção
de 1.830 mil toneladas, 38,44% a mais que em 2018. O mesmo pode-se dizer do
sorgo, cuja estimativa de crescimento é de mais de 265% em 2019, um acréscimo
de 158,5 mil toneladas.