Imesc leva discussão sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico para Imperatriz

Publicado em 27/05/2018
O município de Imperatriz recebeu neste sábado (26) a palestra de encerramento do curso de Preparação para Elaboração de Cenários e Prognósticos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão (ZEE-MA), realizada pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
 
Realizada no auditório do Sebrae de Imperatriz, a palestra foi ministrada pelo professor e geólogo Valter Marques, do CPRM, e teve como tema “Cenários e Prognósticos para a Amazônia Maranhense”. Além de discutir os cenários para o Bioma Amazônico Maranhense, durante o encontro também foram discutidas as perspectivas de políticas públicas que devem ser pensadas para entrarem em atividade a partir de 2020.
 
O grande tema do evento foi a discussão do desenvolvimento socioeconômico, como o melhor aproveitamento dos recursos naturais para a produção de riqueza e bem-estar para as pessoas que vivem hoje no território do bioma amazônico. O presidente do Imesc e coordenador geral do ZEE/MA, Felipe de Holanda, falou da importância de levar o tema para discussão em Imperatriz. “Estamos muito contentes com a receptividade da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, Sindicato Rural, Ministério Público, Sebrae, e todos os entes que se mobilizaram para nos receber em Imperatriz. Aqui pudemos, através da palestra do professor Valter Marques, discutir com a comunidade como se faz a cenarização do território e como que as pessoas podem intervir a partir de seus interesses”, explica.
 
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, Guilherme Maia, fazer parte desse cenário de discussões ajuda o crescimento do estado como um todo. “O governo levar a sociedade e as entidades de classe a participar dessa integração ajuda a construir o futuro do Maranhão para que a gente cada vez mais possa crescer”, comenta.
 
O Ministério Público esteve presente durante o evento, representado pelo promotor de justiça Sandro Bíscaro, que falou sobre a importância da participação da entidade na discussão do ZEE. “Estamos discutindo o futuro da própria vida. Me chamou atenção o fato de estarmos colocando em prática o que aprendemos nos bancos escolares, no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. Há um equilíbrio de um tripé entre a proteção ambiental, a economia e a parte social. Hoje o grande desafio é abandonar a visão ideológica e partidária e ter uma visão técnica, com dados, números e profissionais que possam contribuir de forma concreta com desenvolvimento sustentável”, aponta o promotor.
 
A Ordem dos Advogados (OAB/MA) também teve sua contribuição na discussão do ZEE em Imperatriz. O presidente da Comissão de Direitos Ambientais da OAB/MA, da seção de Imperatriz, Everson Cavalcante, atentou para a importância do planejamento produtivo ambientalmente correto. “Esse momento é extraordinário porque você tem o Estado unindo todas as partes envolvidas no setor produtivo, ouvindo ambientalistas, ou seja, uma questão multidisciplinar que contribuirá para que haja um zoneamento equilibrado e que traga benefícios à sociedade em geral”.
 
Maurício Lima, gerente regional do Sebrae em Imperatriz, e anfitrião do evento, elogiou o trabalho do Governo do Estado para o zoneamento.  “O Imesc e a UEMA estão realizando um trabalho consistente de um zoneamento ecológico econômico da nossa região. Imperatriz, por localizar-se na região pré amazônica, precisa de um planejamento assertivo com relação à exploração econômica, respeitando também a questão ambiental e social. O evento foi elucidativo para que os entes da região consigam entender como que está sendo montada a estratégia de atuação do ZEE.
 
Felipe destacou o importante papel do ZEE para o planejamento e desenvolvimento do Estado. “É um momento de avanço do zoneamento ecológico-econômico, sob a coordenação do governador Flávio Dino que tem uma grande consciência do papel do planejamento no desenvolvimento da sociedade maranhense e que deu as condições para que pudéssemos avançar rapidamente nesse importante projeto”, finaliza o presidente do Imesc.
 
Sobre o ZEE
 
Instrumento de orientação para a formulação e espacialização das políticas públicas de desenvolvimento sócio-produtivo e ambiental do Estado, a elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico produzirá o ordenamento territorial do Maranhão, assim como servirá para as tomadas de decisões de investimento dos agentes públicos e privados.