Imesc divulga análise do PIB Estadual de 2015

Publicado em 16/11/2017

O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou nesta quinta-feira (16), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, os resultados do Produto Interno Bruto – PIB do Maranhão para os anos de 2010 a 2015 e o PIB pela ótica da renda em 2015. Veja a publicação no link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/28/198

Segundo os dados produzidos pelo projeto de Contas Regionais, o PIB maranhense foi de R$ 78,5 bilhões em 2015, quarto maior PIB do Nordeste, o que significa 9,2% do PIB da região. A economia maranhense e nacional apresentaram taxas de crescimento real do PIB negativas em 2015, de -4,1% e -3,5%, respectivamente.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os valores de bens e serviços finais produzido pelos  diversos etores  de atividade econômica em determinado período. A análise do Imesc aponta os resultados do PIB Estadual, ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas no Estado durante o ano de 2015.

Em relação aos setores de atividade econômica, a participação no PIB do Estado do Maranhão, no ano de 2015, ficou assim distribuída: Agropecuária (10,4%), Indústria (19,6%) e Serviços (70,0%). Destaca-se que todos os setores contribuíram para o decréscimo no volume de bens e serviços finais produzidos no Estado, mas o setor industrial foi o mais afetado,com variação real de (-9,7%) no Valor Adicionado Bruto, seguido do setor primário (-4,2%) e por último do setor terciário (-2,3%). 

Alguns fatores da conjuntura econômica nacional foram preponderantes para o desempenho da economia maranhense em 2015. A crise fiscal-financeira do setor público nacional foi responsável pela contração das transferências federais para o Maranhão em 2015. Diante disso, o Governo do Maranhão esforçou-se na racionalização e refinamento da gestão tributária estadual, que foi crucial para minimizar os impactos da contração das transferências federais.

Levando-se em consideração que o Maranhão é um estado bastante vulnerável ao setor externo, a balança comercial maranhense em 2015 foi impactada pela depreciação das commodities no mercado internacional. Ao comparar o preço médio do ano de 2015 contra 2014, nota-se queda no preço dos principais produtos exportados: o alumínio (-10,9%), a soja (-20,6%) e o ferro (-42,4%).

Para o presidente do Imesc, Felipe de Holanda, tal cenário foi reflexo de uma das maiores recessões já sofridas pelo país, que impactou significativamente as unidades federativas em todos os setores da economia. “Apesar desse cenário, o Governo do Maranhão, a partir de medidas anticíclicas, buscou atenuar os efeitos negativos dessa crise, adotando medidas como por exemplo, reajustes de salários dos servidores públicos (civis e militares), realização de concursos públicos para as áreas de educação e saúde, além da segurança pública (policiais militares e civis)”, explica o presidente.

Além disso, o Governo do Estado, a partir de políticas econômicas que visam estimular os investimentos produtivos, como a criação do Sistema Estadual de Produção e Abastecimento – SEPAB, investiu R$ 62 milhões para o adensamento das cadeias produtivas do Estado, tais como: Carne e Couro, Leite e derivados, Avicultura caipira, Aquicultura, Mandiocultura, dentre outras. “Em 2015, o Governo do Maranhão também desenvolveu políticas sociais para a saúde, educação e renda, fruto do Plano de Ações Mais IDH, com vistas a melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM dos 30 municípios com menor IDHM do estado”, complementa Felipe de Holanda.

O chefe da unidade estadual do IBGE no Maranhão, Marcelo Virgínio de Melo, comentou o esforço do Estado do Maranhão em relação às medidas anticíclicas. “O estado não foi tão impactado por conta da política fiscal austera, implementada pelo governador Flávio Dino. Podemos dizer que o Maranhão é a unidade da federação que tenha as contas públicas mais austeras, o que reduz um impacto que poderia ser ainda mais negativo no PIB do que foi em 2015”, comentou Marcelo Virgínio.

Sobre o PIB Estadual

Além do resultado do PIB de 2015, na base de referência em 2010, a publicação também reapresenta os resultados de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, com detalhamento de 18 atividades econômicas. Os resultados das Contas Regionais, assim como na base de referência 2002, são totalmente integrados ao resultado final do Sistema de Contas Nacionais.

O Imesc é o órgão responsável pela execução do Convênio entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Governo do Estado do Maranhão para o cálculo do Produto Interno Bruto do Maranhão. Os dados divulgados seguem a metodologia de responsabilidade do IBGE, uniforme para todas as unidades da federação e integrada com a série do Sistema de Contas Nacionais do Brasil.

Por meio da publicação, o Imesc dá continuidade à sua missão institucional direcionada à produção e divulgação de dados estatísticos e de indicadores socioeconômicos com a finalidade de subsidiar e orientar as ações do planejamento estadual, bem como à elaboração de estudos e pesquisas sobre a realidade do Estado.