Produção Florestal no Maranhão ultrapassa R$ 1 bilhão em 2023, com avanço expressivo na silvicultura

Publicado em 19/12/2024


A Produção Florestal do Maranhão atingiu um marco significativo no ano de 2023, alcançando cerca de R$ 1 bilhão em valor de produção. É o que aponta a publicação "Desempenho da Produção Florestal Maranhense em 2023", divulgada na última quinta-feira (19) pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

A publicação, elaborada anualmente com dados da Pesquisa da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, tem o objetivo de demonstrar o desempenho do extrativismo vegetal e da silvicultura sob a ótica da produção, valor da produção e exportação. O estudo mostra que o estado consolidou-se como o segundo maior produtor do Nordeste e o décimo no ranking nacional, com um crescimento de 12,3% em relação a 2022.

A atividade florestal no Maranhão é composta por 29,7% de extração vegetal e 70,3% de silvicultura. Um dos destaques foi a produção de carvão vegetal, presente em 203 municípios do estado. Já a silvicultura, embora restrita a 35 municípios, foi responsável por 71% do valor total gerado.

Açailândia liderou o ranking estadual, com R$ 182,4 milhões em valor de produção, seguido por Itinga do Maranhão (R$ 121,1 milhões) e Grajaú (R$ 77,5 milhões). Grajaú, em particular, registrou crescimento expressivo de 909,9%, subindo para a quarta posição estadual.

A extração vegetal maranhense gerou R$ 300,1 milhões — o maior valor entre os estados nordestinos e o quinto maior do país. Entre os produtos em evidência, destacam-se o carvão vegetal (R$ 123 milhões), oleaginosas (R$ 59,7 milhões) e produtos alimentícios (R$ 53,4 milhões).

Os municípios de São Félix de Balsas (R$ 13,5 milhões), Paulo Ramos (R$ 9,6 milhões) e Nova Olinda do Maranhão (R$ 9,1 milhões) lideraram a produção nesse segmento.

O açaí merece menção especial, com o Maranhão ocupando a terceira posição nacional em valor de produção (R$ 53 milhões), atrás apenas do Pará e do Amazonas. Em relação aos municípios, a soma do valor da produção dos cinco maiores produtores maranhenses correspondeu a 52,7% do valor total gerado no estado.

Com um salto de 26,3% em relação a 2022, a silvicultura no Maranhão somou R$ 711,2 milhões em 2023, mantendo o estado como o segundo maior do Nordeste e o décimo do país. Os principais produtos foram: madeira em tora (R$ 471,1 milhões) e carvão vegetal (R$ 238,7 milhões).

Ressalta-se que a produção de madeira em tora para papel e celulose foi o carro-chefe, representando 66,2% do valor total da silvicultura. Açailândia, Itinga do Maranhão e Imperatriz figuraram como os principais municípios produtores.

As exportações de produtos florestais do Maranhão totalizaram R$ 3,2 milhões em 2023 — um aumento de 121,6% em relação ao ano anterior. O óleo de coco, de palmiste ou de babaçu foi o principal produto exportado, representando 99,3% do total.

Entre os países importadores dos produtos florestais maranhenses destacam-se os Países Baixos — cujo valor importado registrou aumento de 123,4% em relação ao ano anterior. Além disso, o país foi responsável por 99,2% do valor total exportado. Os principais produtos exportados foram: óleo de coco, de palmiste ou de babaçu (R$ 3,1 milhões) e carvão vegetal (R$ 21,4 mil).

O material completo está disponível no site do Imesc: www.imesc.ma.gov.br

Por: Mayara Moraes