O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) divulgou, nesta sexta-feira (16), os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão, para os anos de 2010 a 2016, além do PIB pela ótica da renda em 2016. O Estudo é feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja a publicação no link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/28/258.

Entre os destaques, está a Indústria Extrativa, com +18,0% - foi a atividade que apresentou maior variação positiva para o setor. Já a Produção e/ou Distribuição de Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação, também, apresentou variação positiva (9,0%) no período em análise.

Com base nos dados produzidos pelo projeto de Contas Regionais, o PIB maranhense foi de R$ 85,286 bilhões em 2016 (valores correntes), e manteve a 4º posição entre os maiores PIBs do Nordeste, cujo peso na região é de 9,5%.

Já em relação à variação acumulada, entre 2010 e 2016, o Maranhão (10,6%) ficou na 3º posição entre os Estados do Nordeste, segundo a ordem decrescente, posicionando-se atrás dos estados da Paraíba e Piauí, e manteve a 8º posição em relação ao país, atrás do estado do Piauí e à frente do Pará.

Dentre as 27 Unidades da Federação, o Maranhão obteve a 23ª posição no ranking da variação real anual. Vale ressaltar que em 2016, a economia maranhense foi bastante pressionada pelos efeitos combinados da reversão do superciclo de commodities no plano internacional, a recessão e a crise fiscal e político institucional no plano nacional, e os graves impactos da estiagem que afetou o Nordeste e muito particularmente o Estado.

Outro fator que contribuiu foi a redução de ritmo ou paralisação de várias obras federais no Estado, a exemplo da duplicação da BR 135, ligação da Ilha de São Luís com o Continente. Por outro lado, contribuíram para atenuar a queda do setor industrial Maranhense: as obras do Governo do Estado, em infraestrutura de transportes, hospitais, escolas, os investimentos na Indústria de Papel e Celulose e o aumento da extração de gás natural.

As medidas adotadas pelo Governo Estadual de ampliação da oferta de serviços públicos essenciais para a população, principalmente nos setores da educação, saúde e segurança, assim como o realinhamento salarial de diversas categorias do funcionalismo, contribuíram para atenuar a intensidade do recuo no Valor Adicionado do setor de serviços.

Divulgação do PIB

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os valores de bens e serviços finais produzido pelos diversos setores de atividade econômica em determinado período. O IMESC realiza análises que apontam os resultados do PIB Estadual, ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas no Estado.

O PIB é divulgado com defasagem de dois anos, segundo o calendário do projeto das Contas Regionais liderado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Boletim de Conjuntura faz a revisão trimestral das projeções, ressaltando-se que as estimativas trimestrais são sujeitas a revisões periódicas e seus valores definitivos só são obtidos após a divulgação do resultado anual do PIB maranhense.

Para o ano de 2017, foi mantida a estimativa de +4,8%.