Imesc realiza semana de debates sobre Cenários e Prognósticos do ZEE/MA

Publicado em 28/05/2018

Durante toda a última semana, os técnicos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Bioma Amazônico (ZEE/MA) participaram do Curso de Preparação para Elaboração de Cenários e Prognósticos, em uma parceria entre o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia.

Na sexta-feira (25) aconteceu o encerramento do curso, no auditório da Uemanet, com a palestra do professor e geólogo Valter Marques, do CPRM, pesquisador sênior do Serviço Geológico Brasileiro e co-autor da Metodologia de Cenarização Aplicada ao ZEE em âmbito nacional e adotada por países latino-americanos.

O coordenador estadual do ZEE, Luiz Jorge Bezerra Dias, falou da relevância de discutir cenários com o especialista Valter Marques, que tem uma vasta bagagem sobre o assunto e possui conhecimento aprofundado do território maranhense. “Nós trouxemos um debate mais elevado, qualificado e, sobretudo, mais abrangente, no contexto de atividades que são ao mesmo tempo técnicas e sociais em termos de disseminação do processo do ZEE para a sociedade como um todo”, afirma.

Para o Pró-Reitor de Extensão da UEMA, Paulo Catunda, foi uma semana muito proveitosa para o debate da cenarização. “Recebemos o professor Valter Marques, que é uma das maiores autoridades do país em termos de cenários. Nós estamos no trabalho de campo, mas é muito importante desde já ir conduzindo e debatendo com uma pessoa que entenda de cenários, para que o ZEE tenha êxito em seu fechamento”, explica o pró-reitor que na ocasião estava representando o reitor da UEMA, Gustavo Costa.

O cenário é o que vai convergir todo o trabalho realizado pelos eixos temáticos do ZEE. O curso realizado durante toda a semana teve como finalidade orientar as equipes para a elaboração do cenário que vai ser feito após o diagnóstico. Ariadne Enes Rocha, coordenadora da Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da UEMA e integrante do eixo temático flora do ZEE, discorreu sobre a aprendizagem durante a semana do curso. “Conhecer trajetória dos cenários em outros grandes projetos nos faz compreender como devemos caminhar. Por meio da metodologia que ele [Valter Marques] utilizou, foi possível compreender a origem da construção de um cenário, a necessidade de um diagnóstico bem elaborado e das equipes temáticas interagirem entre si”, comenta a pesquisadora.

Para a pesquisadora, a grande contribuição do professor Valter Marques foi de abrir os olhos para novas realidades. “Nós temos que tentar ver além das nossas áreas de conforto, além da contribuição das nossas próprias formações individuais, mas que a interação do grupo será fundamental para a construção de cenários possíveis para essa região”, aponta Ariadne.

Valter Marques salientou que a expectativa é que o Zoneamento Ecológico-Econômico tenha como conteúdo as visões de valores da sociedade e assim venha a contribuir não só com o debate, mas com a harmonização dentre os diversos atores sociais que o englobam. “Esperamos que o ZEE transforme a convivência desses atores num campo harmônico e que venha ao encontro daquilo que nós temos como maiores valores da nossa sociedade que é a paz social, a felicidade, a segurança. O ZEE deve vir como um insumo para formulação de políticas públicas e de atitudes que conduzem à construção de um futuro bem melhor”, comenta o especialista.

Segundo o presidente do Imesc, Felipe de Holanda, o ZEE é fundamental para o Maranhão e permitirá um profundo conhecimento do Estado. “O ZEE se engrandece com esse tipo de abordagem, com a participação coletiva de vários entes que produzem, que atuam, que pesquisam, que desenvolvem suas atividades das mais diversas formas no contexto do bioma amazônico no estado do Maranhão. E é para eles que o Governo do Maranhão, por meio do Imesc com a parceria sólida com a UEMA, oferece ao bioma amazônico maranhense estratégias de desenvolvimento e proteção ambiental”, finaliza o presidente do Imesc e coordenador geral do ZEE, Felipe de Holanda.