Imesc realiza balanço de queimadas no Maranhão em 2017

Publicado em 07/03/2018

Apesar das diversas abordagens sobre a preservação da natureza, ainda existem várias ações que prejudicam os recursos naturais, dentre os quais pode-se falar do fogo que, se usado de forma descontrolada, provoca sérios impactos ao solo, as águas e ao ar, desequilibrando os ecossistemas e afetando assim a qualidade de vida humana e prejudicando a economia.
Contribuindo com os debates sobre a temática, o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) apresentou, nesta segunda-feira (5), o Relatório da Incidências de Queimadas no Estado do Maranhão no ano de 2017, que visa analisar de forma trimestral e anual a dispersão dos focos de queimadas no Estado.
O relatório anual de 2017 monitora e analisa as ocorrências de queimadas em todo o Estado (em diferentes níveis e escalas), fornecendo base de estudos para o direcionamento de políticas públicas que visem a prevenção, controle e proteção do meio ambiente.
Com monitoramento nacional dos focos de queimada feito por satélites da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram registrados, em 2017, ocorreram 438.908 focos de queimadas no estado do Maranhão, onde os maiores índices ocorreram na região Centro e Sul do estado com maior incidência nos municípios de Grajaú, Mirador, Amarante do Maranhão, Balsas, Riachão, Alto Parnaíba e Carolina. 
Esses indicadores podem ser evidenciados pelas características ambientais existente no local, tais como o Bioma de Cerrado e o clima (altas temperaturas e má distribuição de chuvas), os quais contribuem com os altos índices de queimadas.
No quarto trimestre de 2017, registrou-se 207.035 pontos de queimadas no Maranhão. Analisando os meses, em outubro, foram identificados 113.500 focos, com destaque para os municípios de Amarante do Maranhão (7.778 focos), Arame (5.850 focos) e Grajaú (4.008 focos) municípios com maiores índices. Em novembro, foi detectado 53.947 queimadas, onde Santa Luzia (3.302), Bom Jardim (2.102) e Bom Jesus das Selvas (1.888) apresentaram os maiores números. 
Em dezembro, foi registrado o menor quantitativo de focos de queimadas (39.588) – referente ao último trimestre. Isso deve-se ao fato de que o período chuvoso se intensifica nas regiões Central e Sul do estado, amenizando a seca e, consequentemente, o número de queimadas. Nesse mês, os municípios Bom Jardim (2.372), Itinga do Maranhão (2.156) e Santa Luzia (1.402) foram os que mais apresentaram queimadas.
Em 2017, houve um aumento de 72,85 % de queimadas em relação ao ano 2016. O Brasil registrou 3.319.867 focos de queimadas em 2017 – a região Norte foi identificada com maior quantidade de queimadas, 1.475.795 focos, correspondendo a 44,4% do total do Brasil e o estado com maior índice nessa região foi o Pará, com 817.191, representando 55,4% da região Norte.
Segundo o geógrafo do Imesc, José de Ribamar Carvalho, é recomendado para a melhoria e diminuição desse agravante “o investimento em brigadas, equipamentos, técnicas de monitoramento dos pontos de alerta”.
“Além disso, é preciso reforçar a fiscalização e aprimorar ações corretivas para os casos de crimes ambientais. No que se refere a disseminação de focos por descuido em áreas agrícolas, programas de treinamento são cabíveis e a educação ambiental fundamental”, acrescentou o geógrafo.
Para ter acesso ao relatório completo produzido pelo Imesc, acesse o link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/6/218