IMESC divulga nota de produção agrícola de novembro de 2017

Publicado em 13/12/2017
O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou, nesta quarta-feira (13), a Nota de Agricultura Maranhense referente ao mês de novembro de 2017. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção graneleira maranhense foi revisada para 4.440 mil toneladas (t) em 2017, crescimento de 105,3% em comparação com a safra de 2016.
 
A análise completa da Produção Agrícola encontra-se disponível no site do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos, pelo link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/30/204.
 
A produção de grãos do Estado permaneceu basicamente constante pelo segundo mês consecutivo (4.440 mil t), com revisão de apenas 0,1% em relação ao mês anterior. Para o economista do Imesc, Anderson Nunes, esse total reflete uma situação muito importante para a produção agrícola maranhense.
 
“Atualmente, superamos as perdas sofridas no ano passado devido à forte estiagem, fruto do fenômeno El Niño, que afetou o Maranhão”, analisou o economista, referindo-se ao período que vai do último trimestre de 2015, intensificando-se em 2016, justamente na época do plantio (outubro/novembro) e no período de germinação das lavouras.
 
A cultura da soja em 2017, cuja estimativa da produção é de 2.334 mil t, deverá superar o recorde de 2015 (2.100 mil t). A produção de milho, por sua vez, está estimada em 1.636 mil t para 2017, incremento de 952 mil t, fruto do aumento de 40,7% na área plantada (cerca de 137,2 mil ha). Quanto ao rendimento médio desta cultura, estima-se 3.506 kg/ha, maior em 88,8% em relação ao ano anterior. 
 
Ressalta-se que esse rendimento médio em alguns municípios, por exemplo, em Balsas e São Raimundo das Mangabeiras, chega a pouco mais de 7.000 kg/ha para o milho 1ª safra e de 3.000 Kg/ha a 4.000 Kg/ha para a 2ª safra (safrinha). Esse rendimento médio expressivo para o milho 1ª safra deve-se ao cultivo solteiro e mecanizado com aplicação de insumos, que favorece o processo de germinação do grão. Quanto à produção de mandioca, apesar da redução na área plantada, a produção estimada ainda é positiva, com crescimento de 0,8% em comparação ao ano anterior.
 
Já sobre a produção de arroz, a situação é diferente. Segundo informações do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Maranhão (GCEA/MA), ainda segue a discussão acerca dos dados da produção de arroz estarem superestimados, o que deverá ser objeto de uma investigação mais minuciosa até o fim do ano. Em Barreirinhas, por exemplo, o GCEA intensificou seus esforços a fim de levantar com maior precisão os dados referentes à produção de arroz no município, tendo em vista que o consumo per capita de arroz está muito além da capacidade produtiva do município, já que ainda se importa muito arroz.