Boletim de Conjuntura analisa cenário econômico maranhense referente ao segundo trimestre de 2017

Publicado em 30/06/2017

Os impactos do agravamento da crise nacional na economia e as ações do governo estadual para proteger o Maranhão de seus efeitos, estão entre os destaques do Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense, referente ao segundo trimestre de 2017, lançado pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), nesta sexta-feira (30).

A publicação faz uma ampla análise sobre a dinâmica recente da economia maranhense, bem como dos cenários internacional e nacional. Coordenado pelo presidente do Imesc, economista Felipe de Holanda, o documento é uma ferramenta útil para o planejamento econômico público e privado no estado, auxiliando pesquisadores, acadêmicos, empresários, trabalhadores e potenciais investidores.

 A versão completa do Boletim de Conjuntura pode ser acessada no link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/18/169

A primeira parte do documento faz um aprofundamento do cenário da economia internacional, a partir da dinâmica das principais economias avançadas e emergentes.

 A segunda parte analisa a conjuntura econômica nacional, por meio de indicadores de Nível de Atividades, Inadimplência; Política Monetária e Mercado Financeiro Comércio Exterior; Mercado de Trabalho (formal e informal), Finanças Públicas, dentre outros.

 Na parte final do boletim são apresentados os indicadores da economia maranhense.  Nível de Atividade Econômica do Estado é analisado por meio de indicadores do PIB, Produção Agrícola, Sondagem Empresarial, Financiamento Imobiliário e do Volume de Vendas do Comércio. São analisadas, também, variáveis de endividamento e os principais investimentos anunciados e em andamento de iniciativa pública e privada.

 Efeito Joesley

 O Boletim avalia os efeitos da divulgação, no dia 17 de maio, de trechos da delação premiada do empresário Joesley Batista, controlador do grupo JBS, sobre o ambiente econômico e a vida política nacional:

 “Esse evento constitui o que alguns dos analistas de mercado chamam de ‘Cisne Negro’, um evento de rara singularidade, de grande impacto sobre os negócios e que altera de forma radical a percepção e as previsões acerca do ambiente econômico”, explicou Felipe de Holanda.

 Para o presidente do Imesc, a perda de capacidade de aglutinação do Governo no Congresso Nacional, coloca em cheque a capacidade de conduzir reformas que sinalizem a ancoragem da situação fiscal:

 “Este fato vem alimentando a deterioração das expectativas empresariais, tendo como consequência o adiamento, o retardamento ou abandono de vários projetos de investimentos programados. Somando-se a isto, observa-se também a forte restrição na concessão de crédito pelas instituições financeiras, o que amplia a contração dos investimentos”.

O economista avalia que apesar do agravamento da crise política nacional, o Governo do Maranhão tem conseguido fazer investimentos em obras de infraestrutura, combinados à uma gestão fiscal eficiente:

 “É importante frisar que, em contraste com o que se observa na maioria dos demais estados da federação, há um conjunto de investimentos públicos e privados no Maranhão, que deverão continuar em andamento e que vem exercendo um papel contra cíclico nesta difícil conjuntura”, finaliza.