Maranhão apresenta redução de 64% nos focos de queimadas no 1º trimestre

Publicado em 16/05/2017

O Relatório Trimestral das Incidências dos Focos de Queimadas no Estado do Maranhão apresentado pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) aponta uma diminuição de 64% do número de queimadas no primeiro trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, no primeiro trimestre de 2017 o Brasil registrou 67.213 focos de queimadas, sendo 23.028 focos identificados na região Nordeste. Os focos de queimadas registrados no Maranhão representam 3,1% do total do país, contabilizando 2.088 focos.

Desse total registrado no primeiro trimestre no Maranhão, identifica-se a maior incidência na região Central e Leste do Estado, onde está localizado o bioma de Cerrado.

O aumento do índice pluviométrico nos primeiros meses do ano no Maranhão tem influenciado reduções no número de focos de queimadas no Estado. Enquanto que no primeiro trimestre de 2016, ocorreram 5.727 focos de queimadas, no mesmo período em 2017 essa quantidade diminuiu para 2.088 focos, totalizando uma diminuição de 64% dos números de queimadas.

A redução da incidência dos focos de queimadas nesse primeiro trimestre, está diretamente relacionada com o aumento expressivo dos índices pluviométricos em grande parte dos municípios maranhenses.

Houve também uma significativa redução nos focos de queimadas nas Áreas Protegidas em 2017, em comparação a 2016. Em destaque estão as Áreas de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, Reentrâncias e a de Upaon-Açu. Nestas áreas foram identificadas reduções de 75%, 68% e 72,4%, respectivamente. Estes resultados também estão relacionadas ao aumento da pluviosidade nestes locais.

Para o geógrafo do Imesc, Ribamar Carvalho, é preciso estar sempre atento e não diminuir a fiscalização em relação as queimadas, pois a maioria dos incêndios são provocados por ações humanas, sejam acidentais ou criminosas. "Mesmo ocorrendo a diminuição dos focos de queimadas pelo aumento dos índices pluviométrico, o governo deve intensificar as fiscalizações e ações de combate aos focos de queimadas, pois também são elementos importantes para o combate e diminuição dos impactos ambientes ocasionados pelas queimadas", completa.

Sobre o Relatório de Queimadas

Os focos de queimadas destroem milhares de hectares dos ecossistemas no mundo, afetando a saúde das populações com grandes prejuízos econômicos e ambientais sem precedentes. Com o intuito de contribuir com os debates sobre a temática, o Imesc apresenta o Relatório Trimestral das Incidências dos Focos de Queimadas no Estado do Maranhão.

Nesta edição, o relatório se desenvolve analisando de forma trimestral a dispersão dos focos de queimadas no Estado, com o objetivo central de monitorar a ocorrência das queimadas no 1° trimestre do ano de 2017 no Maranhão em diferentes níveis e escalas, fornecendo base teórica para o direcionamento de políticas públicas que visem à prevenção, controle e proteção do meio ambiente.

Para ter acesso ao relatório completo, visite o site do Imesc:

http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/6/152