Boletim de Conjuntura analisa cenário econômico maranhense referente ao terceiro trimestre de 2017

Publicado em 28/09/2017

O Grupo de Conjuntura Econômica do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), revisou as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) maranhense em 2017.  Os índices divulgados no último trimestre, previam crescimento de 2,2%, mas com o recorde verificado na safra agrícola do estado, foram revisados para 2,7%.

De acordo com o documento, publicado pelo Imesc nesta quinta-feira (28), a produção de grãos maranhense deverá registrar crescimento superior a 25% este ano.

O Boletim de Conjuntura Econômica monitora trimestralmente o cenário econômico do Estado. A análise completa pode ser acessada no link:  http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/18/186

O aumento esperado da produção agropecuária do Maranhão em 2017 é de 105,7% em relação ao ano anterior. Todos os grãos tenderão a apresentar crescimento na produção, sendo que na comparação com 2016, os cultivos que apresentaram prognóstico de safra mais proeminente foram o sorgo, o milho e soja, cujas estimativas apresentaram crescimentos de 490,3%, 139,19% e 88,2%, respectivamente.

O PIB é um indicador que mede o dinamismo da atividade econômica, sendo usado pelos economistas para avaliar crescimento de um país ou região. Além da avaliação do Produto Interno Bruto, o Boletim de Conjuntura faz uma ampla análise da economia maranhense, bem como análise dos cenários nacional e internacional, avaliando indicadores relacionados à produção industrial, comércio, endividamento e inflação.

Para o presidente do Imesc, Felipe de Holanda, há uma expectativa de economia nacional mais favorável para 2018 e o conjunto de investimentos públicos e privados em andamento no estado são fatores que dão suporte para a projeção de crescimento ainda mais otimista no ano que vem:

 “Projeta-se para 2018, recuperação do setor industrial, notadamente a indústria extrativa, tendo em vista a retomada da indústria de pelotização e da produção de gás natural. O setor terciário, por sua vez, tenderá a responder ao maior dinamismo dos demais setores, como efeito do aumento real da massa de rendimentos,” explica o presidente do Imesc.

Felipe de Holanda chama a atenção para a relevância da gestão fiscal maranhense como importante fator de crescimento da economia local: “Apesar do crescimento vegetativo da folha, o Maranhão apresenta a melhora da qualidade do gasto público, mantendo as finanças públicas em dia e robustos programas de investimentos,” avalia.

Voo de galinha

No cenário nacional, os indicadores de atividade registram retomada da atividade econômica, embora, verifique-se dispersão com relação às avaliações sobre a intensidade desta retomada.

O Imesc avalia ainda que há sinais de ativação espalhados por vários grupamentos de atividades, estimulados pela melhora do ambiente macroeconômico, juros sob controle, aliados a existência de ampla capacidade instalada ociosa e mercado de trabalho.

“Por outro lado, chama-se a atenção para os entraves que tornam a recuperação econômica mais demorada e desigual, a exemplo da crise fiscal, que comprime os investimentos públicos, o que, ao lado do adiamento de investimentos privados, pode gerar mais um possível ‘voo de galinha’ na economia brasileira”, completa Felipe de Holanda ao avaliar o cenário econômico brasileiro.