Maranhão tem saldo positivo na geração de empregos pelo terceiro mês consecutivo, aponta estudo do Imesc

Publicado em 27/09/2016

No mês de agosto, o Maranhão foi o Estado que apresentou o quarto melhor saldo de empregos formais da Região Nordeste e o quinto do país, com a abertura de 2,2 mil vagas de empregos com carteira assinada. É o que aponta a Nota de Mercado de Trabalho de Agosto/2016, divulgada nesta terça-feira (27) pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (CAGED/TEM), os subsetores com maior destaque foram os de Serviços e da Indústria de Transformação, em contraposição ao desempenho negativo dos setores da Agropecuária e da Construção Civil.

No acumulado de janeiro a agosto de 2016, foram registradas cerca de 11 mil demissões líquidas no Maranhão. O resultado marca um acréscimo de 6,5 mil demissões líquidas em relação ao mesmo período do ano passado, apontando o fechamento líquido de empregos formais principalmente na Construção Civil (-8,3 mil) e no Comércio (-4,1 mil).

Por outro lado, o mês de agosto marca o terceiro resultado mensal positivo subsequente na série, sinalizando o que parece se constituir já em uma recuperação, ainda que em ritmo lento.

Segundo o economista do Imesc, Geilson Pestana, essa trajetória de recuperação poderá ser influenciada pela implantação de três programas de incentivo à criação de empregos formais, que foram anunciados pelo Governo do Maranhão no último dia 9 de agosto. “O Governo do Estado tem trabalhado para a retomada dos empregos formais com os programas “Mais Empregos”, “Cheque Moradia” e “Mutirão Rua Digna”, comenta o economista.

O programa “Mais Empregos” prevê a concessão de R$ 500,00 sob forma de crédito presumido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. (ICMS), para cada emprego adicional gerado no Maranhão. Já no âmbito do Programa “Cheque Moradia”, serão concedidos créditos presumidos no ICMS para lojas e prestadores de serviços que forneçam para reformas residenciais, no montante de até R$ 5 mil por beneficiários. Por fim, o Programa “Mutirão Rua Digna” prevê o fornecimento de equipamentos, recursos financeiros e assistência técnica para produzir blocos de concreto e pavimentar ruas e logradouros de várias cidades no Estado.

O bom desempenho das atividades econômicas relacionadas à produção de etanol seguem contribuindo para a geração de emprego formal no Maranhão no acumulado até agosto de 2016, em especial nos municípios Campestre do Maranhão, Coelho Neto e Aldeias Altas. São Luís foi a capital que apresentou a maior contratação líquida (+1,9 mil) dentre todas do país e entre os municípios maranhenses, com destaque para os setores dos Serviços e Comércio, com 1,4 mil e 467 novas vagas, respectivamente.

Sobre a Nota de Mercado de Trabalho

A Nota de Mercado de Trabalho é um dos objetos analisados pelo Boletim de Conjuntura Econômica que é publicado mensalmente pelo IMESC. Desse modo, a proposta é fazer uma discussão do resultado do comportamento do emprego formal maranhense a partir do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), tendo como referência a região Nordeste e o Brasil, divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O CAGED trata do fluxo entre admitidos e desligados e constitui-se em um importante termômetro do desempenho dos setores de atividade econômica.

Para ter acesso à nota de Mercado de Trabalho, veja no link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/21/110