O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), apresentou nessa quarta-feira (10), o relatório de queimadas maranhenses referentes ao segundo trimestre de 2016. Elaborado pelos pesquisadores José de Ribamar Carvalho dos Santos e Yata Anderson Gonzaga Masullo, o relatório analisa periodicamente a dispersão dos focos de queimadas no Estado.

O relatório aponta uma redução de 2.684 focos em relação ao mesmo período de 2015, com o registro total de 5.861 focos no segundo trimestre deste ano. Apesar da redução, o Maranhão ficou em segundo lugar no ranking de estados do Nordeste com maiores incidências. A Bahia, estado com maior quantidade de queimadas na região, registrou 9.224 focos. Em todo Brasil, foram identificados 106.448.

Os pesquisadores do Imesc apontam como principais causas para a incidência do fenômeno no Maranhão, o fato do fogo ainda ser utilizado no manejo de pastagem e ‘limpeza dos terrenos’: “Esses tipos de uso do fogo ainda são muito comuns na agricultura tradicional, muito presente em alguns municípios do Estado, pois é uma forma rápida e barata de reduzir a biomassa, estimular a rebrota de forragem para a pecuária, diminuir as pragas e remover os remanescentes agrícolas,” diz o estudo.

O relatório aponta ainda que, do total de focos de queimadas registrados no Maranhão no segundo trimestre de 2016, ocorreu uma maior incidência nas regiões Centro, Sul e Leste, com uma maior abrangência dos focos na Baixada Maranhense, em relação ao primeiro trimestre do ano.

Os municípios com maiores incidências registradas no último trimestre foram: Balsas (897 focos), Mirador (650), Alto Parnaíba (355), Carolina (338), Jenipapo dos Vieiras (270), Riachão 233, Grajaú (212), Caxias (166) Lagoa do Mato (152), Barra do Corda (146).

Para ter acesso ao relatório completo produzido pelo Imesc, acesse o link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/6/105